Como constatado acima, quando o incidente começou, o réu saiu do carro com uma pistola na mão, se aproximou do falecido e disparou várias balas no ar. Mais tarde, quando o falecido retornou ao carro, o réu disparou várias balas novamente para o alto. Nesse momento, o falecido saiu do carro novamente e atacou o réu, que ainda estava armado na mão. De acordo com o vídeo que documenta o incidente, o falecido tentou tirar a arma das mãos do réu, enquanto trocavam golpes, até que os dois caíram no chão e continuaram a lutar. Durante a luta no solo, o réu disparou duas balas que atingiram o falecido, uma das quais resultou em sua morte. O falecido se levantou e fugiu de volta para seu carro, enquanto o réu ficou de pé e disparou três tiros em suas costas, que não feriram o falecido.
- Como detalhado acima, e a aplicação dos testes auxiliares às circunstâncias do caso diante de nós, conforme determinado na jurisprudência, leva à conclusão de que o acusador não conseguiu provar, com o padrão de prova exigido em casos criminais, que o réu matou o falecido com base em um elemento mental de intenção, mas sim por indiferença. Como detalhamos acima, neste caso estamos lidando com uma das duas balas que penetraram o coração e os pulmões do falecido e levaram à sua morte. O disparo das duas balas também ocorreu durante uma luta enquanto o falecido e o réu lutavam e o falecido tentava puxar a arma do réu da mão, e o réu foi visto duas vezes durante a luta, afastando a mão do falecido, que tentava pegar a arma, e implicitamente, até afastando a mão do corpo do falecido. Nessas circunstâncias, não podemos determinar com a devida certeza que este foi um tiroteio deliberado no local sensível para onde foi realizado, e não é possível ignorar a totalidade das circunstâncias que cercam os dois disparos, sendo um deles o que causou a morte do falecido.
- Como explicado acima, os dois tiros ocorreram durante o contato entre o réu e o falecido, o que deve, sem dúvida, ser chamado de "luta" e, portanto, está claro que não é possível determinar que o local do tiroteio foi deliberado, para que se possa inferir claramente que o desejo do réu de matar o falecido pode ser claramente inferido. Mesmo o tiroteio que foi disparado contra o falecido depois que este já havia se distanciado do réu ao final da luta não deixa claro e com o padrão de prova exigido pelo direito penal, que o réu já havia ordenado a morte do falecido durante a luta. Não é possível aprender sobre o elemento psicológico no momento relevante, mesmo isoladamente da ocorrência dos eventos anteriores à luta e da totalidade das circunstâncias que cercam o caso. A totalidade mostra que, no mínimo, a dúvida permanece nesse contexto.
- Nessas circunstâncias, quando o tiroteio fatal ocorreu durante a luta entre o réu e o falecido no chão, quando o falecido também tentou tirar a arma das mãos do réu, há dúvida se o réu tomou uma decisão de intenção de causar a morte do falecido.
Nesse contexto, foi mencionado no caso Yassin que: